Ferramentas e técnicas para gerar o autoconhecimento
No artigo anterior, Autoconhecimento: a base da transformação, foi abordado a importância e os impactos positivos que pode trazer para nossa vida pessoal e profissional.
Pensadores, filósofos, cientistas, psicólogos e pesquisadores em diversos momentos da história debateram, estudaram e pesquisaram sobre este tema tão fascinante e ainda hoje profissionais de diversas áreas do conhecimento continuam produzindo estudos sobre este assunto. Mas tão importante quanto conhecer a importância e os benefícios do autoconhecimento, é saber “COMO” atingir esses altos patamares de autoconsciência a fim de gozar de uma vida mais plena, feliz e para que possamos utilizar todos nossos potenciais e talentos para sermos o melhor de nós mesmos.
Leia agora as cinco dicas essenciais que o ajudarão a elevar a consciência de si mesmo:
Primeira dica:
O autoconhecimento é adquirido através de muita auto observação.
Mas o que observar?
Existe uma correlação muito estreita entre as seguintes palavras:
Pensamento – sentimento – Comportamento
Ou seja, quando estamos nos comportando de uma determinada maneira (seja ela qual for, positiva ou negativa), este foi precedido por sentimentos os quais foram consequências de nossos pensamentos.
A grande questão é que não paramos para pensar sobre isso. Nossos comportamentos foram construídos a base de muita repetição e os caminhos neurais estão tão bem estabelecidos em nosso cérebro que entramos no automático. Por uma questão de milionésimos de segundo, diante de uma determinada situação, assumimos comportamentos muitas vezes destrutivos e enfraquecedores, sem mesmo nos darmos conta.
Brian Tracy, em seu livro O Ciclo do Sucesso, diz: “A maneira como pensamos diante de qualquer evento torna-se parte de nossos processos mentais, influenciando nossas emoções e por consequência nossas atitudes e comportamentos”.
Portanto, observe: Diante de um determinado acontecimento, como foi seu comportamento, o que sentiu e o que pensou?
Ter consciência disso faz uma grande diferença na maneira como nos relacionamos, encaramos nossos desafios, solucionamos problemas, aprendemos, construímos e influencia diretamente nosso equilíbrio emocional e autocontrole.
A segunda grande dica é: Faça as perguntas certas.
Um grande desafio, pois decididamente não estamos acostumados a nos questionar e quando o fizemos é da maneira errada. Muitas vezes permitimos que nossas crenças limitantes contaminem nossas perguntas e lembrem-se: nosso cérebro nos dá tudo que pedirmos, basta que façamos as perguntas certas.
Mas o que são perguntas certas?
São aquelas que nos conduzem a descoberta e compreensão de nós mesmos de maneira honesta e sem culpa, nos encorajam a entrar em ação, ampliam a nossa consciência, focam na solução e não no problema, esclarece, gera criatividade, insights e promove nosso crescimento.
E o que são perguntas erradas?
São perguntas carregadas de pressuposições equivocadas, negatividade, foco no problema, gera culpa, sentimento de impossibilidade, são limitadas, muitas vezes cruéis, irreais e que não conduzem a nada senão a estagnação, conformismo e infelicidade.
Ao longo de sua vida, quais foram suas experiências de clímax? O que fez seu coração se encher de alegria, o motivou a tal ponto de não ver o tempo passar?
Qual sua área de vantagem competitiva, ou seja, quais seus talentos, seus pontos fortes?O que você faz com facilidade que parece difícil para outras pessoas?
O que é mais importante para você na vida? Pense em seus objetivos, o que vai lhe proporcionar quando atingi-los?
Do que se orgulha de ter feito? Porque isso foi importante?
Qual seu propósito de existir? Qual sua missão de vida?
Que comportamentos e decisões foram os grandes responsáveis pelo seu sucesso na vida até hoje e quais contribuíram de maneira insatisfatória?
Pense em suas metas de vida pessoal e profissional. Quais você já atingiu? Quais foram suas estratégias, quais recursos utilizou, que atitudes teve, quais eram seus pensamentos e sentimentos? Você tem garra ou acredita apenas em seus talentos?
Agora pense nas metas que ainda não foram atingidas. Elas realmente são importantes e representam seu desejo interior ou são frutos de expectativas alheias? Se são relevantes, o que está lhe impedindo? O que está fazendo ou deixando de fazer que está sendo determinante no seu baixo desempenho? O que pode ser melhorado?
Estes são alguns exemplos de perguntas certas e que podem ajudar muito em sua investigação pessoal.
Terceira dica:
Procure feedbacks. Busque em pessoas de sua confiança, as quais sabe que pode contar com sinceridade e imparcialidade, quais seus pontos fortes e seus pontos de melhoria. Ter esta percepção externa faz parte do processo de autoconhecimento e complementa sua autopercepção.
Quarta dica:
Invista em você.
Existem ferramentas extremamente assertivas, com consistência científica cujo objetivo é proporcionar informações precisas sobre vários aspectos de seu comportamento. São assessments como o Disc, Quantum, Alpha, entre outros. Trata-se de um relatório de perfil comportamental que mapeia seu estilo de ação, ritmo, qual seu estilo de influência e relacionamento, como se comporta frente a regras e padrões, estilo de decisão, seus motivadores, pontos fortes e pontos de melhoria. Seus resultados são assertivos e podem economizar tempo na busca deste autoconhecimento tão importante para nosso processo de desenvolvimento e evolução.
Quinta dica:
Procure ajuda de profissionais e processos que podem ajudá-lo com maestria nesta busca interior. O processo de coaching é muito eficaz, pois além de ampliar sua consciência pontuando tudo isso e muito mais sobre você, o auxilia a construir objetivos claros e específicos congruentes com seu ser, define estratégias de ação, promove o desenvolvimento de novas competências e mudanças, identifica e elimina bloqueios que o impedem de ir além e tudo isso o instrumentalizando a todo momento, sem gerar nenhum tipo de dependência.
Sexta e última dica:
Continue sempre nesta busca interior. Trata-se de um processo dinâmico e sem fim. Esta autoavaliação deve ser feita sempre, pois estamos em constante evolução e aprendizagem.